Noticias, sendo dez deles jornalistas.
A crise internacional e a concorrência do Jornal da Madeira, órgão de informação subsidiado pelo Governo Regional e tornado gratuito, são os motivos invocados. A redução de custos levada a cabo não bastou para evitar o despedimento.
No entanto, haverá mais em que pensar. O facto de ter passado por aquela casa faz-me lamentar a perda dos postos de trabalho e perdoará algum benigno "atrevimento" da minha parte ao levantar as seguintes questões:
O Jornal da Madeira existe há muito tempo, subsidiado, e nunca foi incómodo (concorrência) para o Diário. Serão a gratuitidade do JM e o boicote ao nível publicitário relativamente ao Diário suficientes para justificar, em exclusivo, o decréscimo de leitores e publicidade?
Ao longo dos anos, o Diário habituou os madeirenses a encontrar a informação importante, pertinente e de referência nas suas páginas e não no Jornal da Madeira, porque os leitores de jornais sabem bem qual a natureza da informação do jornal subsidiado. Quem queria estar realmente informado lia o Diário e ponto final. Se os leitores-assinantes do Diário trocaram este jornal de referência e independente pelo gratuito JM, será que o conteúdo informativo do Diário perdeu relevância (diferenciação)?
As crises oferecem oportunidades de reinvenção e mudança. Por vezes, a solução mora dentro de nós.
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