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Segundo o jornal I, Michael Moore, o senhor anti-capitalismo, para quem "capitalism is evil", cobra, alegadamente, dois mil euros por entrevista... entrando em contradição palavras e actos.
Curiosamente, o cineasta acabou de estrear em Veneza um novo filme-documentário intitulado Capitalism: A Love Story (Capitalismo: Uma História de Amor), em que denuncia o capitalismo perverso e desumano.
Eu também critico o capitalismo desumano ao serviço da ganância de alguns (daí a importância da regulação) e é importante denunciar as causas da actual crise financeira, económica e social planetária, mas nem eu nem o famoso realizador (provocador profissional) podemos esquecer as benesses e comodidades do capitalismo e da economia de mercado, que possibilita, por exemplo, o sucesso financeiro de Michael Moore.
Uma história de amor nunca tem um só lado. A realidade não é sectária. Não sei se o novo filme de Michael Moore o é.
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