Custa caro a irresponsabilidade e inabilidade na gestão de empresas públicas, autênticos sorvedores do dinheiro dos contribuintes.
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Conforme notícia do Público (08.12.2009), o «défice da CP, a transportadora ferroviária pública de Portugal, é actualmente de 3,1 mil milhões de euros, verba equivalente à que vai custar a linha de TGV entre Lisboa e Elvas, com a terceira travessia do Tejo incluída.»
Tal despesismo e má gestão dos dinheiros públicos não justifica que as regiões autónomas enveredem pelo mesmo caminho (erro), uma coisa não desculpa a outra, mas chateia que alguns se atirem ao "custo" dos dois arquipélagos. Isto é, atiram pedras aos outros quando têm enormes e dispendiosos telhados de vidro (passivos).
Aqui o presidente do Governo Regional tem razão ao apontar o dedo aos défices de algumas empresas públicas nacionais como a CP ou o Metropolitano de Lisboa. Mesmo sabendo nós que a Madeira tem empresas públicas tecnicamente falidas.
«O Estado não quer o endividamento das regiões autónomas, nem das autarquias, mas permite que as empresas públicas continuem a se endividar à custa da subida dos impostos dos portugueses», disse o presidente do Governo Regional à imprensa, em Dezembro de 2006, no seguimento da nega do Estado à contracção de um empréstimo de 75 milhões junto do Banco Europeu de Investimento.
O aperto tem de ser para todos, incluindo algumas empresas públicas, com enormes passivos, autênticos sorvedores do dinheiro público.
Nota 09.12
No Diário, hoje, Medeiros Gaspar, deputado do PSD na Região, faz uma relação das «dez mais» indemnizações compensatórias aprovadas, recentemente, pelo Governo da República Portuguesa:
- a Rádio e Televisão Portuguesa no montante de 143,114 milhões de euros, a maior fatia de um bolo de 457,4 milhões de euros;
- a CARRIS-Transportes Públicos de Lisboa no montante de 53,923 milhões de euros;
- a Rede Ferroviária Nacional-REFER no montante de 43,379 milhões de euros;
- a CP-Comboios de Portugal no montante de 34,703 milhões de euros;
- o Metro de Lisboa no montante de 28,093 milhões de euros;
- a STCP no montante de 20,113 milhões de euros;
- a OPART no montante de 19,293 milhões de euros;
- a LUSA no montante de 17,822 milhões de euros;
- o Metro do Porto no montante de 12,572 milhões de euros;
- a FERTAGUS no montante de 11,002 milhões de euros.
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