foto miguel pedro / design gráfico andreia alves mendes
«É uma criatura incompreensível... um excelente rapaz... um grande artista...» (Loucura, Mário de Sá-Carneiro, Alma Azul, p.11)
Tinha saudades tuas, Adolfo.
Tinha saudades da tua voz declamada, sombria, alternativa... confortante.
Tinha saudades do mundo e do imaginário dos Mão Morta. Original, fora dos costumes e do convencional.
Ainda bem que existes Adolfo, a quebrar a quotidianidade, os brandos costumes e a convencionalidade das massas, neste Portugal à beira da bancarrota.
Adoro o novo Pesadelo em Peluche. E adoro estas antíteses, como a do título, porque a realidade é...
contraditória,
inexacta,
ambivalente,
ambígua,
relativa,
complexa,
paradoxal,
mesmo irracional.
Adolfo, tu expandes-me a existência.
Mão Morta, vocês elevam-me os níveis de serotonina.
Convosco sinto-me em casa.
Tenho vertigens, sinto-me embriagado.
Ou inebriado, como gostas de dizer, Adolfo.
Recorde-se:
Primavera de Destroços
«A buganvília a tingir-se de vermelho trepando»
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