Deixem o homem trabalhar e ajustem contas, se é sangue que querem, depois de Portugal acabar a sua campanha na África do Sul
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Reconheça-se que o seleccionador nacional não tem tido vida fácil, desde o início da sua tarefa. Ainda por cima, os primeiros jogos da qualificação para o Mundial da África do Sul correram mal e tudo caiu em cima de Carlos Queiroz.
No texto Entenderão a linguagem da paz? (1) já tínhamos salientado a natureza da liderança do actual seleccionador nacional e feito o seguinte comentário:
«Por mais que Carlos Queiroz tenha razão, a sua postura elevada e de não-violência terá mais frutos numa cultura como a inglesa, onde trabalhou muito tempo no Manchester, do que numa cultura latina como a portuguesa, em que as pessoas não se fazem ouvir pela força da razão do argumento mas pelo volume do berro, em que as pessoas não sabem mover-se em espaços de liberdade e responsabilidade, são incapazes de comportamento auto-determinado e precisam de um ditador a controlar e a dar ordens.»
Aqui precisa de gritar para se fazer entender e precisa de intimidar para dizer o que é preciso fazer...
Carlos Queiroz esteve sempre debaixo de fogo, alvo de uma hostilidade que tem prejudicado o seu desempenho. Deixem o homem trabalhar e depois crucifiquem-no. Depois.
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