«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

terça-feira, março 15, 2011

THE WALL (9): Roger Waters confessa-se capitalista

Roger Waters não voltou costas à condição que o aumento de rendimento impôs no início da década de 70

"If I'm honest, I have to accept that at that point [release of The Dark Side Of The Moon], I became a capitalist. When you suddenly make a lot of money, you have to decide whether to give it away to poor people or invest it. I decided to give some of it away to poor people and invest the rest.

I was faced with that dilemma, coming from the background I did. I could no longer pretend that I was a true socialist, but twenty-five percent of my money went into a charitable trust that I've run ever since. I don't make a song and dance about it. One of the good things about being a capitalist, is that you become a philanthropist, to a certain extent." (Rolling Stone Magazine, March 12, 2003)

Roger Waters é honesto, porque no momento em que o rendimento aumentou exponencialmente, tornou-se capitalista. Aceitou-o e procurou fazer algo de positivo nessa nova condição. Há pessoas que maldizem o capitalismo mas aproveitam o mais que podem as vantangens que o próprio concede...

Não há nada de errado se o rendimento é ganho de forma honesta e se depois reverter de algum modo para a sociedade, para os outros, quando há a preocupação de reinvestir e gerar empregos e riqueza, isto é, quando não é apenas para proveito próprio. A preocupação social de Roger Waters passou ainda por destinar parte do rendimento ao apoio dos mais carenciados.

Uma pessoa não precisa de muito para ter uma vida confortável, desde que não se entregue à extravagância e ao superfluo, deixando espaço para o altruísmo.

2 comentários:

  1. é verdade, ele é honesto. E é verdade que tentou fazer algo de positivo com o dinheiro que ganhou. E também é melhor querer, como Olaf Palme, "acabar com os pobres" do que, como Otelo, "acabar com os ricos".
    Mas é essa a medida das convicções políticos: não o que fazemos com o nosso dinheiro ou como o ganhamos, ou como nos aproveitamos (de boa ou má fé) do sistema mas como é que conseguimos criar justiça e diminuir desigualdades fazendo progredir a sociedade. No fundo, todos somos ou queremos ser capitalistas. É por isso que também o devemos tentar evitar (pelo menos, quando o não somos :-))

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