Ok, já sabemos a dívida. Importante é saber o que vai aumentar e quanto será esse aumento no custo de vida dos madeirenses
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A Região tornou público, antes que fosse divulgado por outra via, que a dívida (directa e indirecta) se situa em cerca de 6 Mil Milhões de Euros, mais exactamente, 5,8 Mil Milhões de Euros.
Apesar de ficar um pouco abaixo do que tinha avançado o partido socialista, na casa dos 8 Mil Milhões de Euros, havendo mesmo quem colocasse a hipótese de chegar aos dois dígitos, é uma dívida brutal.
Brutal porque terá de ser paga por 260 mil madeirenses, na parte substancial que lhes vai caber, já que o Estado não pode pôr-se de fora. Tal como não pode ignorar os outros passivos que vão por esse País fora. O problema de base foi o sistema político ter permitido tanta indisciplina nas finanças públicas em Portugal, o que não desculpa as más gestões, inclusive a da Madeira.
Mais do que a divulgação dos números da dívida, é obter a informação por parte do Governo Regional quando vão acontecer os aumentos de impostos e no custo de vida dos madeirenses. O que vai aumentar e quanto será esse aumento.
O ex-presidente da República Mário Soares considerou hoje «importante» a divulgação pública da auditoria às contas da Madeira e do plano de consolidação orçamental para a Região antes das eleições de 9 de Outubro.
Já se percebeu que a governação regional está vulnerável e a perder o pé. Por isso, os ódios antigos contra Alberto João Jardim vieram todos a terreiro desferir os golpes, num ajuste de contas há muito sonhado.
Agora que há vulnerabilidade surgem à luz do dia alguns autoproclamados mártires do jardinismo a proferir diatribes e a exigir que Alberto João Jardim vá embora, quando estiveram quedos e mudos durante anos. Neste momento é «fácil» "bater no ceguinho", porque até é moda. Houve quem passasse uma vida a acumular rancor contra a governação madeirense personificada na figura do seu líder.
Pena que se confunda a governação com os madeirenses e a Madeira. Como dizia o leitor Rui Caires numa carta do leitor do Diário deste sábado, «já basta de confundir a Madeira com o Jardim, o défice democrático com inépcia da oposição política, a incontinência urinária com perseguição politica, o buraco financeiro com obra feita, o jornalismo com panfletos doutrinários, o ressabiamento político com projectos e ideias de liberdade, a madeira nova, com a madeira carunchosa.»
E terminava dizendo «devemos intervir civicamente» (mesmo que tarde, mais vale assim do que nunca...). «Essa é a principal dívida que os madeirenses de hoje têm para com as gerações vindouras, independentemente do espectro político, da matriz social em que estamos inseridos e do espartilho que nos amordaça.»
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