O Olho de Fogo não é adversário ou contra ninguém, por uma questão prática. Tornar-se-ia numa obsessão, numa espiral emotiva, numa inutilidade, num fardo, num exercício sem alegria e prazer.
Pessoalizar seria restringir a sua acção e afunilar a sua eventual pertinência. Não faz parte da sua matriz. Quanto muito dá conta de estados de coisas e de temas, sem carregar o mundo às costas. Se se consultar os arquivos perceber-se-á que, consoante as matérias, o Olho de Fogo toma diversos partidos e opções. Não tem nenhuma fixação, embora se reconheça que é natural as questões públicas estarem mais expostas.
Quando toma partido não significa atacar pessoas. Significa discordar, simplesmente, no plano das ideias. É ilustrativo, na Madeira, a discordância ser equiparada ao ataque. Mostra quanto é frágil a tolerância e escassa a capacidade de encaixe das ideias diferentes. Tudo o que se mexa é contra, é ataque. Ainda por cima isso é pessoalizado.
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