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No lançamento do livro "Rigo 23 (Vol. 1)", no Centro das Artes da Calheta, no dia 15 de Julho, quando questionado sobre o pendor interventivo da sua arte, referiu que «nós todos vivemos» e que a «arte é forma de intervir na relação com a vida.»
Precisou que a sua relação com a arte foi sempre de «empurrar os limites», com uma atitude activa, mais inesperada. O facto de na sua obra comentar assuntos sociais acontece «por acréscimo», ou seja, é consequência da «forma como encara a arte.» Foi a avenida que escolheu. Contudo, salvaguardou... que «com a idade talvez tenha uma atitude mais contemplativa.» Portanto, menos activa e interventiva. [Comentário Olho de Fogo: o que será difícil, porque estas coisas não passam com a idade, bem pelo contrário, ganham mais acutilância.]
Neste âmbito, Manray Hsu, comissário da exposição realizada no Centro de Artes Casa das Mudas em 2006, distinguiu arte e activismo político, salientando que a intervenção artística no espaço público caracteriza-se pelo seu carácter ambíguo, enquanto o activismo político é algo concreto, claro e explícito.
Questionado sobre o humor na obra de Rigo, Manray disse que o humor é a «faculdade humana que nós desenvolvemos para lidar com as imperfeições do mundo e da vida.» É uma forma de reflectir o mundo, transmitir uma mensagem e intervir no mundo.
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