No Público de sexta-feira, 17.11.2006, uma notícia intitulada Cascais busca a onda perfeita na praia de São Pedro do Estoril dá conta da assinatura de três contratos entre a Câmara de Cascais, liderada por António Capucho, e várias reputadas instituições nacionais - Instituto Superior Técnico, Laboratórico Nacional de Engenharia Civil e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa -, para se realizarem estudos da orla costeira tendo em vista a construção de um recife artificial submerso. Os contratos totalizam 93 mil euros.
Busca-se «melhorar as condições para o surf», a «segunda modalidade» mais praticada no concelho, como sublinhou António Capucho. Esse recife tem diversas vantagens na protecção da costa, nomeadamente evitar a perda da praia de areia face à erosão. Pedro Bicudo, professor de Física no Instituto Superior Técnico de Lisboa, investigador e surfista, lembrou o trabalho a este nível que está a ser feito em várias partes do mundo. Veja-se, por exemplo, o trabalho da conceituada ASR Ltd do reputado Kerry Black, especialista em questões costeiras e marinhas.
A ironia disto tudo é ver o que se está a fazer em Portugal Continental, nomeadamente na referida câmara municipal do PSD, em prol do surf e da protecção da costa, enquanto na Madeira se destroem ondas e condições únicas para a prática do surf. Não há ninguém que diga, a este respeito, que estamos à frente do Continente?... A visão de António Capucho não abunda... mas esperemos que determinadas atitudes mudem em breve nesta ilha de forma a se perceberem determinadas potencialidades e vantagens, que têm sido atiradas, negligentemente, janela fora, quando a Madeira bem precisa dessas oportunidades para dinamizar a sua economia em novas vertentes turístico-desportivas.
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