«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

sexta-feira, março 16, 2007

Por terra

Solo de difícil germinação. (photo copyright)

«A decisão deste João Isidoro [de se candidatar] é uma decisão pessoal e eu não tenho nada a ver com isso», disse Manuel Alegre, citado hoje no Diário. E declarou que se estivesse na Madeira votaria no Partido Socialista.

Os deputados regionais independentes, agora candidatos pelo Movimento Partido da Terra, anunciaram um encontro com o MIC, supostamente a 23 de Fevereiro, para "debater a forma de participação nas eleições". Segundo a notícia de hoje, «Helena Roseta afirma que tal "reunião nunca existiu" e Manuel Alegre acrescenta que "nem vai haver" no futuro.»

Mesmo que Manuel Alegre tenha sido informado previamente de alguma coisa, não terá sido informado de tudo. Certamente não foi informado que a candidatura dos independentes se fazia contra o partido socialista (via Movimento Partido da Terra, que concorreu coligado com o PSD nacional nas últimas legislativas, tendo eleito dois deputados: 1 e 2), ao darem relevo e ao sublinharem as cisões internas com a actual direcção da Rua do Surdo e apelarem, explicitamente, ao voto por parte do eleitorado socialista, que pouco terá a ver ou valorizará tais lutas de interesses pessoais.

Ainda há tempo para cancelar a candidatura. Sempre se evitam despesas.

4 comentários:

  1. Isso era o que voc~es queriam! Vão perder as eleições e deputados. E vai ser exactamente para o MPT...

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  2. Deve haver qualquer equívoco quanto ao colectivo «vocês» e ao «vão». Da leitura feita, no post "Por terra", a partir dos factos que são públicos - ao alcance de qualquer cidadão que acompanha, minimamente, a actualidade -, é abusivo depreender qualquer afiliação político-partidária. Mas, compreende-se o jeito que dá catalogar...

    Quanto ao MPT eleger deputados, não custa nada perseguir ilusões. Enfim, custa o orçamento de campanha.

    As melhores saudações.

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  3. O MPT é a grande novidade das eleições na Madeira. No dia 6 de Maio veremos se foram mesmo só ilusões. E o "vós" está bem empregue já que é perceptível a cor partidária do estimado bloguista...é difícil disfarçar...

    Atentamente,

    José Trevo

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  4. José Trevo,

    Obrigado pelo comentário. Nessa óptica, qualquer abordagem relativamente a assuntos públicos, em que se incluem os assuntos políticos, é igual a uma determinada cor partidária... Será que essa leitura se deve, por ventura, à pertinência do que foi dito no post?

    Esqueço, por vezes, que há quem não conceba nem veja o mundo a não ser através do óculo de uma determinada cor político-partidária. Que o cidadão, fatalmente, tem de optar por uma cor existente no espectro político-partidário disponível. E, naturalmente, nem se admite que o cidadão possa estar além do colorido político-partidário. Tem de ser conotado com alguma coisa.

    As melhores saudações.

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