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A tentação dos poderes estimularem e premiarem a concordância e a subserviência é mais forte do que o estímulo à reflexão crítica interna. É a natureza humana. A tendência é rodear-se de "yes men" para haver paz e concórdia, mesmo que sejam falsas.
Onde pára então a valorização do mérito das ideias de cada um, se não tem campo ou oportunidade para provar o que vale?
Contudo, na postura oportunista do madeirense de estar a bem com deus e com o diabo, acompanhado do acanhamento intelectual e endeusamento endémico do poder, num medo de levantar ondas, tudo fica calado para não perder as benesses e proteger o pequeno interesse pessoal, incluindo o status.
Recorde-se ainda: Há quem lembre que o partido maioritário não consegue encontrar sucessor para o actual líder regional que, segundo o destacado social-democrata madeirense Virgílio Pereira, «persegue qualquer tipo de sombra que lhe possa surgir, mesmo que seja a do passarinho no galho da árvore à beira dele» (Revista Diário, 21.01.2006). É a grande tentação de quem comanda: impedir o natural crescimento de potenciais líderes que tomem o lugar, seja por esta ou aquela razão. Cria-se um deserto à volta, estratégia denominada de «política do eucalipto».
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