Obras no túnel de acesso ao Jardim do Mar a partir do Estreito da Calheta. Um pouco por todo o lado acontece isto a obras recentes ou relativamente recentes. Com custos adicionais para o erário público e qualidade das construções.
Neste caso, o túnel está a ser rasgado, pelos indícios, para meter nova tubagem de escoamento de águas pluviais. O piso ficará sempre remendado e irregular. Noutros casos, abrem-se valas para lançar uns cabos disto ou daquilo, para a rede de água potável, para tratar do saneamento básico ou, quem sabe, no futuro, para o gás natural. Nada fica pronto de uma só vez.
Este túnel de acesso ao Jardim do Mar fez parte das obras aceleradas para estar pronto nas vésperas de um acto eleitoral, com grande incómodo para a população, que ficou privada de circular, normalmente, na então única via de acesso à freguesia, durante o tempo de alargamento e revestimento do túnel. E quando abria o acesso, em curtos espaços de manhã e à tarde, as máquinas continuavam a operar, nomeadamente a perfurar o tecto do túnel em pedra, situação geradora de insegurança.
Quem atravessava aquela "pista de combate" fazia-o com medo de se desprender um pedra do tecto do túnel ou que as pedras empilhadas num dos lados rolasse à passagem dos carros. Para nem falar no piso escavacado e enlameado, difícil para carros comuns.
Foi surreal. Só um povo habituado à canga aceita tratamentos desse tipo.
Nessa altura, chegou mesmo a acontecer uma emergência, em que um ferido teve de aguardar algum tempo à boca do túnel até conseguir a passagem para ir ao Centro de Saúde da Calheta, já que a estrada estava encerrada na maior parte do dia e da noite. A população esteve de quarentena. Em nome da pressa nas vésperas de umas eleições legislativas.
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