Por alguma razão o PSD-Madeira não apoiou a candidatura vencedora de Luís Filipe Menezes, por mais que se relativize, por cá, a derrota do candidato apoiado pela Madeira social-democrata, Luís Marques Mendes.
O dado de que, na urbe, Filipe Menezes teve quase tantos votos quanto Marques Mendes, apesar da indicação da liderança regional em sentido contrário, revela que na zona rural a massa crítica (pensar pela sua cabeça) é menos presente e a obediência uma regra.
E o candidato de Gaia, além de não contar com o apoio institucional do PSD-Madeira, não teve mandatário, nem ninguém que assumisse publicamente, na Região, o voto na sua candidatura, como lembra o Diário de hoje.
O valor da unidade interna (valor da sobrevivência), a urgência da afirmação de uma alternativa de poder e a defesa do «princípio da unidade diferenciada», por parte de Luís Filipe Menezes, assegurará o cimento agregador indispensável. Mesmo que a contragosto de alguns.
Marques Mendes é mais centro, sóbrio e faz política com nobreza e fair play. Filipe Menezes é mais à direita, populista e adepto de caneladas para atingir os seus fins. Mais espontâneo mas também mais imprevisível (dispara para vários lados e ao mesmo tempo).
Sería interessante equacionar-se porque sendo Menezes um político nortenho, que sempre criticou o centralismo de Lisboa, tal como Alberto João Jardim, não foi, por esse motivo, apoiado por este?
ResponderEliminarSe havia candidato de ruptura, esse era Menezes, e não Mendes. DE que tem medo Alberto João? De perder protagonismo?
Nem mais...filhos únicos não gostam de quem lhes faça sombra! Perdoem-me os filhos únicos "normais"!
ResponderEliminarViva.
ResponderEliminarSendo Menezes um regionalista, a regionalização do país, com o consequente aumento do poder reivindicativo das várias regiões face a Lisboa, a Madeira perderá protagonismo e, mais importante, meios.
Será mais uma região entre as outras, embora com um percurso e estatuto diferentes, atingida pela insularidade e ultraperiferia. No entanto, não esquecer que há regiões do Continente que se acham menos desenvolvidas do que a Madeira.
Nesta matéria da regionalização, Menezes e Sócrates estão de acordo. A não ser que o novo líder social-democrata dê o dito por não dito.
E mais do que isso, nós nunca gostamos daqueles que têm alguns dos nossos defeitos. Obriga a outro registo na relação com essas outras pessoas, porque sabemos que determinadas estratégias não terão eco do outro lado.
Saudações.