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Neste alerta, o bispo do Funchal, D. António Carrilho, não está a ser original. É algo muito óbvio, mas parece que toda a gente esqueceu nos tempos que correm. Os pais parece que se demitiram da escola, talvez por sinais errados por parte da escola pública. Não a valorizam. Além disso, há aqueles que cobrem a irresponsabilidade dos filhos nessa mesma escola, pela ausência de disciplina e trabalho. Deixam-nos à deriva, em autogestão. Alguns pais até desautorizam os professores perante os filhos.
Os pais e encarregados de educação têm um peso fundamental. A família é a instância principal de socialização. A escola colabora e faz o que pode, mas os pais têm de garantir duas premissas e condições à escola: disciplina e trabalho da parte das crianças e jovens. Depois de garantirem isso, então exijam resultados e educação de qualidade à escola. Não lhe peçam tudo sem colaborar e sem lhe dar as condições para fazer o seu trabalho.
Os problemas que surgem devem ser resolvidos em conjunto, pela escola como instituição (com direcção, professores e técnicos vários, como o psicólogo e assistente social) em colaboração com a família e até outras instituições. Nunca deixar o docente isolado (excluído) na sala de aula a resolver assuntos que o ultrapassam e para os quais não tem meios.
Eu defendo que a escola pode e deve agir para atenuar problemas sociais e emocionais que obstaculizem o rendimento escolar e o sucesso educativo do aluno. Mas em colaboração. Nada de de sacudir a água do capote.
A Esquerda dos complexos pensará: mas D. António Carrilho é conservador e de Direita. Pois é, se o que está certo, nesta matéria, implica ser conservador e de Direita, eu sou-o. A realidade não é unidimensional.
Concordo totalmente com a visão transmitida neste texto.
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