Menos professores, mais inspectores. Não há uma inversão de prioridades? Não se quer gastar com professores, mas gasta-se de boa vontade em inspectores...
Confrontado com o facto de haver uma manifesta falta de inspectores para avaliar os mais de oito mil professores titulares, o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, veio prometer mais inspectores em breve, num número que será «significativo». Foi avançado o número de 40.
O presidente do Sindicato de Inspectores da Educação disse haver 152 inspectores para avaliar 8.132 professores. Aos inspectores é-lhes exigida formação científica na área do avaliado. Naturalmente, é-lhes exigido também mérito superior ao do avaliado. Será que se vão formar inspectores sobre «pressão», por «atalhos»? Ser-lhes-á garantida «autonomia» e «credibilidade», num processo com «transparência», como alertou a referida organização sindical?
A densidade burocrática do processo de avaliação arquitectado para os docentes ainda trará mais despesas e consequências na vida das escolas, que vão ter de desviar recursos humanos e materiais para o efeito.
Recorde-se que Jorge Pedreira foi quem afirmou, em 2006, o seguinte: «É ilusão dizer que os professores se motivam pela progressão na carreira.» Portanto, a carreira e o salário é para desterrar. Ver mais aqui.
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