Nas comemorações da implantação da República, no dia 5 de Outubro, o Presidente da República (PR) elegeu o tema da Educação como central para uma abordagem no seu discurso.
«Temos de adoptar uma nova atitude perante a escola. Temos de perceber que aí residem os activos mais importantes do nosso futuro. É imperioso ter a consciência que o investimento mais reprodutivo que poderemos fazer é nas crianças e nos mais jovens.»
Ora, dói ao Governo ouvir isto quando tem optado pela via do desinvestimento na Educação. Dói também à equipa ministerial ouvir o PR chamar a atenção para que a «figura do professor seja prestigiada e acarinhada pela comunidade, o que requer desde logo a estabilidade do corpo docente», quando se sabe que a equipa de Maria de Lurdes Rodrigues tem atacado a dignidade profissional e as condições de trabalho dos docentes.
O PR falou também para os professores, é bom não esquecer: «É também necessário compreender que, em larga medida, a dignidade da função docente assenta no respeito e na admiração que os professores são capazes de suscitar na comunidade educativa, junto dos colegas, dos pais e dos alunos.» E isso faz-se com profissionalismo. Por isso, a protecção de alguns menos empenhados e menos competentes tem prejudicado também a figura do professor.
Mas, o Primeiro-Ministro disse, logo depois, que o «Governo não trata mal os professores. Não confundir professores com sindicatos.»
Em resposta, Carvalho da Silva
considerou «criminoso», no dia Mundial do Professor, «induzir uma ideia anti-sindicatos para dentro da escola.»
Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, recordou que dos 150 mil docentes portugueses, cerca de 102 mil são sindicalizados.
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