As Low-cost «são muito flexíveis na substituição de rotas, o que cria incerteza e instabilidade no desenvolvimento económico das regiões para onde voam.» Será que servirá os interesses dos madeirenses residentes?photo copyright
Até uma notícia do Público Low-cost vão dar forte impulso ao turismo na Madeira, publicada em 3.11.2008, confirma a secundarização do interesses dos residentes nesta ilha atlântica.
O optimismo turístico baseia-se num estudo realizado pela Price-waterhouseCoopers, a pedido da Câmara de Comércio e Indústria da Madeira (ACIF), para avaliar o impacto da entrada das companhias de aviação low-cost na economia regional:
Prevê-se um «acréscimo de mais 448 mil turistas até 2015, um maior gasto médio diário por turista (64,7 euros), uma maior taxa de ocupação hoteleira (56,5 por cento) e, consequentemente, um maior rendimento por quarto disponível (30,4 euros). A estadia média por visitante, assinala o estudo, irá decair, mas largamente compensada por um maior volume de turistas.»
No final do artigo vem o "melhor" - os contras que é preciso ter em atenção:
A Price-waterhouseCoopersrefere alerta que «tais companhias "canibalizam" cerca de 36 por cento do tráfego aéreo instalado; dependem (na grande maioria) de sistemas de incentivos ao estabelecimento de rotas e frequências; e são muito flexíveis na substituição de rotas, o que cria incerteza e instabilidade no desenvolvimento económico das regiões para onde voam.»
Lindo para uma economia dependente do turismo e à mercê do transporte aéreo, numa pequena ilha, no meio do Atlântico...
Recorde-se:
Liberalização aérea 9: interesses dos madeirenses não acautelados
Liberalização aérea 8: interesses do turismo têm secundarizado interesses dos madeirenses
Liberalização aérea 7: histórico para o turismo
Liberalização aérea 2: turismo colocado à frente dos interesses dos madeirenses
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