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This time is war. «Se querem guerra, guerra terão», afirmou Mário Nogueira, secretário geral da Fenprof, ontem no comício no Terreiro do Paço, perante a recusa do Governo de Sócrates em recuar na aplicação do presente modelo de avaliação, que é «inexequível».
Apelou-se a uma sublevação ou desobediência civil nas escolas, de forma a inutilizar o actual modelo de avaliação, que levou à rua, uma segunda vez este ano, mais de 100 mil professores, cerca de 80% dos docentes portugueses, num protesto apoiado por todos os partidos da oposição.
A ministra continua a desvalorizar as consequências políticas de mais esta manifestação e a desdramatizar a dimensão dos protestos. Pergunta-se: como pode uma ministra governar com a esmagadora maioria dos agentes de ensino contra as suas políticas? Depende dos docentes a realização ou não do processo de avaliação (não optaram pela avaliação externa, como defende o PSD, porque custava mais dinheiro..., mas tornam a vida impossível nas escolas com este modelo).
«A única coisa que se exige é o preenchimento de uma ficha», diz a ministra para menosprezar (e, com isso, desvalorizar também o rigor do processo de avaliação) a revolta dos professores pela grande carga burocrática e excesso de reuniões de trabalho.
Entretanto, se não houver outra atitude por parte do Ministério da Educação, o tema promete desgastar o Governo da República durante 2009. Pode significar o adeus definitivo à maioria absoluta.
E não esqueçamos a Madeira, muito caladinha, que se limitou a copiar o Estatuto da Carreira Docente nacional, não podendo a avaliação diferir na susbtância do modelo nacional. Será que os docentes na Madeira irão deixar, na sua maioria, de estar anestesiados e intervir civicamente de modo a ser revisto o ECD regional?
Recorde-se:
Profesores de luto e em luta 94: mais uma mega manifestação
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