Caso Rabaçal foi a gota que fez transbordar a copo da paciência de Coito Pita.
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A recente demissão de Coito Pita da vice-presidência do Grupo Parlamentar do PSD tem não só a ver com a luta pela liderança do partido/sucessão na governação da Madeira - aquele deputado dera já conta das suas ambições e foi vice-presidente da Comissão Política do PSD-M (Coito Pita considera ter requisitos para suceder a Jardim dizia título do Diário em 8.5.2007) -, mas também com o projecto do teleférico do Rabaçal, ou melhor, com o projecto de Coito Pita chumbado para aquela zona:
Segundo o Diário de 9.11.2008, uma «sociedade empresarial, formada por José Luís Paixão e Coito Pita, apresentou um projecto de construção de uma "pequena unidade de apoio ao turismo" no Rabaçal, zona onde está projectado o teleférico [estrutura ainda de maior dimensão], e a Câmara da Calheta e o Governo Regional indeferiram o investimento. Em 2004, pesou o parecer negativo do Governo com o argumento de que o investimento estava inserido em pleno Parque Natural e numa zona de indiscutível preservação ecológica, violando por isso o POTRAM-Plano de Ordenamento do Território da Região.»
Numa semana sai esta notícia do não do Governo Regional e da Câmara da Calheta e, na semana seguinte, Coito Pita bate com a porta no Grupo Parlamentar. Entretanto, avança o projecto do teleférico da Sociedade de Desenvolvimento Ponta Oeste, tutelada por outro pretendente à sucessão, João Cunha e Silva.
No Grupo Parlamentar «quem já manda [com mão dura] é Jaime Filipe Ramos», refere um artigo no Diário de 15.11.2008, dando conta que o filho do homem da máquina do partido se posiciona também para suceder ao actual presidente do Governo. Quanto mais tempo demorar Alberto João Jardim a sair, mais hipótese terá o "petit Salazar", segundo a designação do líder regional, face ao desgaste e envelhecimento dos delfins.
Como sabemos que Coito Pita tem dificuldades de tolerância, também para este deputado a não-violência ou a resistência pacífica não é poder, não admira que tivesse respondido com a demissão, transbordado que foi o copo da paciência com o caso do Rabaçal.
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