Quase 900 mil lugares ficaram por vender nos voos para a Madeira.
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Os hoteleiros na Madeira, segundo notícia do Diário (23.12.2008), referiram as «dificuldades no acesso ao transporte aéreo, este ano marcado por um agravamento significativo do preço do bilhete comprado a poucos dias do embarque», a provar que nem tudo anda bem com a liberalização aérea (Liberalização aérea 13: cuidado), como uma justificação para a menor taxa de ocupação dos hotéis nesta época do ano.
Na mesma edição, o Diário adianta outro dado preocupante, pela mão do jornalista Miguel Torres Cunha - «889 mil lugares ficaram por vender nos voos para a Madeira»:
«Há muito que a polémica alimenta as discussões do 'trade'. E são muitas as vozes que identificam a falta de transporte aéreo para justificar taxas de ocupação menos boas ou por uma retracção na procura.»
Sabe-se que a liberalização aérea foi feita a pensar no Turismo, antes de tudo, não nos madeirenses e residentes... E revela-se agora uma oferta excessiva de lugares nos aviões, com quase 900 mil lugares por vender?
Adianta o mesmo jornal: «De acordo com as contas que o DIÁRIO efectuou, até ao dia 21 de Dezembro as companhias aéreas que voam para a Madeira colocaram à venda no mercado 3,2 milhões de lugares. Destes, apenas 2,3 milhões foram vendidos, o que significa que o 'load factor' - taxa de ocupação - dos aviões se situou nos 71,8%, um valor perigosamente baixo e que pode constituir-se como crítico para os resultados das companhias.»
«É nas ligações entre o continente português e a Região que a oferta supera em muito a procura. Porque apenas 70% (950 mil) dos 1,3 milhões lugares colocados no mercado foram adquiridos, o que deixa a TAP - mantinha em Novembro uma quota de 40,4% do mercado - a SATA (11,6% nos voos inter-ilhas para o Porto Santo e para Grã-Canária e 9,3% nos restantes operados pela SATA Internacional) e a Easyjet (6,7%).
«A circunstância de no ano passado apenas 70% dos lugares postos no mercado terem sido vendidos levaram as companhias - mesmo com a entrada da Easyjet - a reduzir em 300 lugares a sua oferta, entre o dia de hoje e 5 de Janeiro próximo, colocando à venda 139.600 lugares.»
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