«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Professores de luto e em luta 136: bombo da festa, o Governo?

Os docentes foram escolhidos como os bombos da festa por este governo. Talvez tenha errado no casting...
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«Os professores fazem uma greve que se prevê grandiosa à qual já se sabe que o Governo se manterá indiferente. A verdade é esta: tão cedo, não vai haver paz no Ensino em Portugal. A situação está diabolizada o suficiente para se perceber a quem está destinado o papel de má da fita. A novidade é que, ao que tudo indica, Sócrates e o Governo se cansaram de ser os bombos da festa. Agora é a sério também do lado governamental: cumpra-se a lei. Não custa adivinhar quem sairá prejudicado: os alunos e o Ensino. Aprenda-se ao menos que as leis são para cumprir. Esse é o combate que nenhum Governo pode perder.» (José Leite Pereira)

Este senhor não está bem a ver quem são e têm sido os bombos da festa. Desde há três anos que este governo escolheu os professores como saco de pancada, maltratando-os e diabolizando-os, para ganhar a opinião pública.

Os docentes, neste momento, apanham de todos os lados, a começar pelo Ministério da Educação. Sofrem pressões e bofetadas de ingratidão desde alunos e pais, passando pelas hierarquias dentro das próprias escolas, até aos tiros oriundos do contexto social mais alargado.

As bofetadas são por vezes literais, como provam os vários casos recentes de violência de pais e alunos contra os professores.

Além disso, os professores são hoje bombos da festa da indisciplina, da atitude negativa dos estudantes perante o trabalho intelectual, de uma sociedade que não valoriza a escola, o conhecimento e o trabalho.

Não será suficiente? Mas, para o senhor que escrevinhou as linhas acima transcritas, o bombo da festa é o senhor Governo... Coitado do poder... ainda por cima absoluto.

Para o articulista as leis, mesmo as impraticáveis, mesmo as que prejudicam o Ensino, são para cumprir e acabou. Há leis que merecem resistência cívica para fazer estremecer a prepotência do "quero, posso e mando". Cada qual luta pela razão que está convencido ter.

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