Dig for it Valter Lemos.
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«Significativa», disse Valter Lemos, secretário de Estado da Educação, na reacção oficial à dimensão da greve de professores - a ministra desapareceu nesta greve. Não é preciso mais. E saiu-lhe a palavra a custo, com hesitação.
Sabemos como faz o Ministério da Educação as contas, mas isso são detalhes. Mesmo que fosse "só" 60, 70 ou 80 por cento seria sempre «significativo». As inúmeras escolas sem aulas pelo país falam por si.
Valter Lemos tentou minimizar os números dizendo que a meta dos sindicatos era atingir cerca de 100 por cento de adesão e fechar todas as escolas. Não entende que é uma forma de falar, porque os sindicatos não podem obrigar ninguém a fazer greve. A dimensão desta greve foi esmagadora.
Como dizia uma grevista, se é a própria ministra a afirmar que, com o segundo simplex, o modelo de avaliação não foi beliscado, então as razões dos professores mantêm-se intactas, não beliscadas.
Ainda por cima um simplex «com um prazo de validade de cariz, nitidamente, eleitoral», como se lê na página do PROmova, um dos movimentos espontâneos de professores (não é só "orquestrações" de sindicatos). O governo quer é aguentar a malta com vãs promessas até às legislativas de Setembro de 2009.
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