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Depois de termos abordado o problema das ilusões que se criam na escola em Vida fácil na escola, chegou-me às mãos um texto de um aluno que confirma a análise.
O texto intitula-se «The Cops» e, no final, depois de expressar que não gosta de polícias, que são maus, violentos, entre outras coisas, conclui o seguinte: «If the cops were like some teachers, it would be much better.»
Este «se os polícias fossem como alguns professores, seria muito melhor» permite tirar conclusões claras, que prova a tal distância entre a vida na escola e a vida fora dela.
O estudante acha injusto se não o deixarmos fazer o que lhe apetece. Espera e pensa poder fazer lá fora o que faz dentro da escola. Espera e pensa obter a mesma brandura, complacência e falta de autoridade (impunidade) nos polícias que encontram na Escola e nos professsores.
Esperam que o mundo real seja como o ilusório mundo da escola, em que regras, disciplina e responsabilidade individual são altamente realtivizadas em nome da auto-estima (amor próprio) ou de um certo conceito de "inclusão" (manter os alunos dentro dos muros da escola).
O estudante chega à dura conclusão que o mundo real não é a escola, mas em vez de enfrentar a realidade refugia-se no mundo ilusório da escola: manifesta o desejo de que os polícias actuem como os professores. Pretende a mesma permissividade e complacência por parte das forças da ordem, do nosso Estado de Direito, que vive em meio escolar, em que muitas vezes não há consequências para os actos de transgressão que chocam com os direitos dos outros à sua volta.
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