«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Estado pouco faz para rentabilizar o trabalho dos professores que paga

O Estado paga aos professores para ensinar, mas o mesmo Estado não se preocupa com as condições para esse trabalho (investimento) ser rentabilizado nas salas de aula deste País.
picture (c)

«Apesar de os professores portugueses darem, em média, mais horas de aula do que os colegas de outros países da União Europeia, o aproveitamento deste tempo acaba por não ser o melhor», noticiou o DN (22.01.2010).

O Estado que não se preocupa em assegurar condições para o ensino e a aprendizagem nas salas de aula, para ser rentabilizado o investimento que faz, preocupa-se sim em cortar nos salários e carreira dos professores, como se isso fosse resolver o insucesso escolar e a muita indisciplina que obstaculiza o ensino e a aprendizagem nas escolas.

«De acordo com o relatório "Talis", de 2009 - um inquérito da OCDE junto de professores e direcções escolares de vários países -, os docentes nacionais estão entre os que mais se queixam do tempo perdido a manter a ordem ou em tarefas administrativas

Adianta ainda a notícia que, «segundo as respostas recolhidas, os professores nacionais só conseguem dedicar cerca de 75% do tempo de aula ao "ensino e aprendizagem".» Quer dizer que a «manutenção da ordem na sala de aula ocupa 15% do tempo, ficando o restante reservado a outras tarefas», achando eu que 15% é um número por baixo, conhecendo determinadas realidades, em em os professores simplesmente não conseguem leccionar em grande parte da aula. Ou então ensinam umas coisas pela rama...

«De uma lista de 23 países - em que a Bulgária, com 87% do tempo dedicado ao ensino, é o mais eficaz -, Portugal figura em antepenúltimo lugar, apenas à frente da Islândia, da Malásia, do México e do Brasil. A média "Talis" ronda os 80% de eficácia das aulas. Ao nível das questões disciplinares, só o Brasil revela mais dificuldades.»

Consequentemente, «no mesmo relatório, os portugueses surgem também abaixo da média no que respeita ao grau de satisfação obtido pela profissão que desempenham.»

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