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Há dinheiro para cobrir os desvarios do BPN, para os enormes buracos financeiros de muitas empresas públicas repletas de boys e para os investimentos megalómanos no betão, mas não há dinheiro para pagar os professores.
O país só se salva se o trabalho dos professores for barateado e a carreira emperrada. Assim se percebem as prioridades de investimento do país. Não é habitual dizer-se nos discursos que a Educação é importante para o futuro do país?
O Ministério da Educação já confessou publicamente que eram económicas as questões condicionantes da progressão da carreira dos docentes, condições impostas pelo Ministério das Finanças.
Como escreveu Santana Castilho, no Público de 06.01.2010, «apenas poderão ter ficado surpreendidos os distraídos, já que Sócrates procurou, desde o primeiro momento, construir uma escola de pouco custo e a “tempo inteiro”». O corte nos custos e o desinvestimento no sector da Educação passa sobretudo pelo barateamento do trabalho dos agentes de ensino.
Além disso, quer-se «professores proletarizados sujeitos a mecanismos burocráticos de controlo, sem autonomia intelectual e pedagógica, com horários dilatados e salários reduzidos.»
Recorde-se:
Falhou acordo (da passada semana: as negociações de hoje decorrem noite dentro - ver novidades AQUI)
Qual a classe de trabalhadores em que pelo menos 10% pode chegar ao topo da carreira, quando pelas estatísticas actuais mais de 80% dos professores estão com classificação de "bom" ou superior o que quer dizer "todos no topo da carreira".
ResponderEliminarAntes de facultar a progressão automática na carreira dever-se-ia analisar como é possível chegar à universidade alunos que não sabem redigir e interpretar textos e a matemática são uma nulidade, nestes casos seria importante verificar em que escolas e professores estes alunos frequentaram e reavaliar os respectivos professores.
Estou completamente de acordo que os professores dedicados, competentes e com resultados cheguem ao topo e com prémio complementar de ordenado.
Quanto à questão do BPN gostaria de saber onde os professores e restantes Portugueses iriam buscar o ordenado com um colapso financeiro, santa ignorância, só olham para o próprio umbigo.