Candidato que se assume como apartidário e anti-sistema, embora apoiado por um partido, José Manuel Coelho promete alertar para e combater vários problemas genéticos, como se leu no Diário (1.11.2010 e 2.1.2010):
1. «Os ordenados escandalosos e privilégios dos políticos profissionais que vão para o poder para instalarem a família e os amigos nas empresas e instituições do Estado» (“quero denunciar e corrigir os salários dos ‘boys’ políticos, pois os dois grandes partidos do bloco central – PSD e PS – vão-se alternando no poder e distribuindo entre si esses cargos com remunerações imorais”);
2. «A corrupção, porque sem isso não teremos um país moderno e próspero» (“sem um combate eficaz à corrupção, não há medidas de austeridade que resistam e que salvem o país”);
3. «Lutar pela reforma da justiça em Portugal, porque a maioria dos magistrados do Ministério Público não defende o Estado Português e a justiça» (“a justiça portuguesa, em vez de defender o interesse do país, está ao serviço das máfias que roubam o povo português“).
De forma realista, são problemas de difícil intervenção e solução, porque fazem parte da genética portuguesa. Está entranhado na cultura. Mas é preciso denunciar e pressionar para que um dia acabem certas poucas-vergonhas e entraves ao desenvolvimento do País.
Mudar a cultura, a mentalidade e práticas ancestrais (endémicas) é algo complicado e demorado. Se calhar vamos precisar de bater bem no fundo, a nossa sobrevivência como colectivo estar em causa, para então esse mesmo colectivo entregar-se à evidência da necessidade de reformas profundas, para responsabilização de todos, sem excepção, e pôr o País a funcionar de forma civilizada e justa.
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