Swans em actuação na Aula Magna, Lisboa: intense as fuck (mais imagens)
O concerto de SWANS, ontem, 09 de Abril, na Aula Magna, em Lisboa, foi de uma intensidade invulgar, que mexeu com as vísceras. Das actuações ao vivo mais belas, electromagnetizantes, dark e demolidoras a que já assisti.
O concerto de SWANS, ontem, 09 de Abril, na Aula Magna, em Lisboa, foi de uma intensidade invulgar, que mexeu com as vísceras. Das actuações ao vivo mais belas, electromagnetizantes, dark e demolidoras a que já assisti.
A banda entregou-se de corpo e alma, com uma precisão maquinal, a uma massagem sónica brutal ao público presente, tal como o líder Michael Gira terá dito uma vez que um concerto de Swans era, simultaneamente, «soul-uplifting and body-destroying».
Há uns meses descreveu bem a natureza do fenómeno: «Swans was never aggressive. I wanted to make sounds that were completely overwhelming, or sounds that just pummelled your body in a way that you might get pummelled by an especially brutal masseuse», disse Michael Gira à ROCK-A-ROLLA (oct/nov 2010). «It as a form of trying to experience something bigger than yourself».
O disco do regresso de Swans vem com o autocolante cujo texto corrobora o que já foi dito, o que poupa ao trabalho de andar aqui a "inventar" adjectivos: «Cataclysmic, pastoral, monotonal, bone-crushing, melodic, ever-ascending, dissonant, monstrous and joyful». Eu acrescentaria dois Ds: dark drone.
Foi precisamente tudo isto de que foi feito o furacão eléctrico-sónico que sacudiu o caruncho da Aula Magna, em cerca de duas horas e oito temas (os dois últimos já no encore):
No Words, No Thoughts (2010: My Father Will Guide Me up a Rope to the Sky)
Jim (2010, idem)
Sex, God, Sex (1987: Children Of God)*
The Apostate (?) (novo)
I Crawled (1984: Cop)
Avatar (novo)
Eden Prison (2010: idem)
Little Mouth (2010: idem)
* durante Sex, God, Sex Michael Gira vai além da letra original e emite com veemência e autoridade intimidante, num tom evangélico e dramático: “JESUS CHRIST! SAY HIS NAME! JESUS! COME DOWN! COME DOWN NOW!”
Está tudo dito.
Podes ser visto aqui o encore em Lisboa, embora a gravação amadora não capte a magnitude do som, claro, vale pelas imagens. Para bom ver e ouvir é melhor esta gravação em Dublin, esta em França, esta em Itália (novo tema Avatar), esta em Manchester. O sincopado Jim é dos meus temas preferidos do mais recente disco de Swans. Outra gravação de Jim, em que se ouve bem o grave.
Fotografias neste álbum, da minha autoria via telemóvel e da autoria de outros, sobretudo do concerto de Lisboa, mas também de outros momentos da actual digressão de Swans.
Ainda notas sobre a actual digressão:
Porto Casa da Música April 2011
Portland March 2011
Londres November 2010
Documentário sobre Swans
(Actualizado 22 de Abril de 2011)
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