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Em abundante euforia, fruto mais de desejos e de expectativas do que realismo, a Revolução ficou por fazer em 9 de Outubro último, nas Eleições Legislativas da Madeira. Como até previam as sondagens.
Isto apesar do trabalho de desocultação da Troika; de certa comunicação social continental a confundir notícias isentas com manipulação e delírios, a confundir Jardim com a Madeira e os Madeirenses, em claro ajuste de contas; da saúde fragilizada do eterno candidato do PSD-M; do desgaste de mais de 30 anos na governação (quem se desgasta é a oposição, por incrível que pareça...); e da dívida colossal da Região clarinha em cima da mesa.
Se uns preconizam a Revolução de pôr o actual presidente do Governo e o PSD-M fora da governação e de levar a cabo uma mudança de regime na Madeira, mesmo que não seja no quadro de eleições democráticas e do voto expresso pelo povo (o tal considerado soberano e que mais ordena, pelos mais revolucionários), Alberto João Jardim, eterno rebelde, também defende a Revolução, no plano do País.
Jardim escreve no primeiro dia de 2012 a sua New Year's Resolution: «muitos de nós contestámos e contestamos o sistema político-constitucional existente em Portugal, revolucionariamente queremos um regime democrático diferente, mais eficiente e de maior justiça social concreta para os Portugueses.»
Veremos qual das partes leva primeiro a cabo os seus intentos revolucionários...
Mas, entretanto, a maioria silenciosa e plebeia, sem protagonismos ou dramatismos, levarão a cabo a sua Revolução diária, nas pequenas acções da vida, nos pequenos espaços em que se movimentam.
Hasta las Revoluciones, siempre!
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