Reportagem da RTP-M sobre o surf na ilha, de 30 de janeiro de 2013, com vinte e seis minutos. Esperemos bem, como se refere, que o surf esteja de volta em força à Madeira (em especial nesta grave conjuntura de crise económica, que também afeta o fluxo de turismo para a Região), depois de várias ondas terem sido comprometidas ou destruídas.
Em 2000, aquando do Madeira Big Wave Team Challenge, um dos organizadores, Gonçalo Lopes, dizia à RTP: "Vai passar a ser um dos sítios do mundo para fazer [surfar] ondas grandes e não só." Chamavam-lhe então o Havai europeu. Ninguém imaginava o que se passaria nos anos seguintes...
A épica onda do Jardim do Mar, que era cartaz do surf para o mundo, passou a ser surfável apenas em metade do tempo, na maré baixa, e tornou-se mais perigosa devido à parede de antifers (blocos de betão), que não permite a entrada e saída do mar como a antiga praia de calhau.
Agora, apesar do que se perdeu, acho positivo que se valorize este nicho de mercado turístico-desportivo. Mas que se mude de atitude, não haja mais uma relação dual com o surf e se pense em recuperar algumas ondas, como a da Ponta Delgada ou do Jardim do Mar.
Em concelhos como a Calheta, que não é rico, o surf pode ter um impacto económico interessante e ajudar a dinamizar a economia local.
A associação Salvem o Surf (SOS Surf) vai assinar um protocolo com o Turismo de Portugal, que implica entre outros projectos, o levantamento das ondas de toda a costa portuguesa para conseguir «rentabilizar o surf em Portugal e divulgá-lo», avança o SOL em 3.2.2013. Só em Sines, por exemplo, calcula-se que se gerem 100 milhões de euros ao ano pela modalidade. Será que a Madeira, na conjuntura atual, irá insistir nos erros dos passado e não vai aproveitar o potencial económico do surf?
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