"Embora relevando o orgulho manifestado nas bandeiras nacionais que as casas ostentam, pois, como disse, «os madeirenses são portugueses da Madeira», Alberto João Jardim disse que esse espírito patriótico não deve ser apenas sentido por causa do futebol."
(Declarações atribuídas ao presidente do Governo Regional: Diário de Notícias da Madeira e Jornal da Madeira, respectivamente, 6 de Junho de 2006)
O Olho de Fogo pronunciou-se sobre a questão das bandeiras, em Abril, num post intitulado "Bandeiras leva-as o vento":
«Desconfio de manifestações de orgulho pátrio cingidas ao pendurar ou astear de uma bandeira para o exterior. Prefiro outras formas mais interiores de exteriorizar a amizade pelo país e pelos momentos altos da nossa história colectiva.
Isto a respeito da sugestão para enfeitar as casas, na Madeira, com bandeiras nacionais durante as comemorações do 25 de Abril. É uma coisa que até Salazar gostaria e apoiaria.
Desconfio do “activismo” bandeirístico. A emotividade tolda a razão e conduz a ilusões e a exageros. Prefiro uma cidadania real, que se revele no quotidiano, que faça diferença, que ajude, nem que seja em pequeníssimos actos, a tornar o nosso país um lugar melhor para se estar e viver, colectivamente.
E quando chega a hora de astear as bandeiras da Justiça Social, do Ambiente e Qualidade de Vida, do Emprego, da Tolerância face à diferença de ideias, da Consciência Cívica, do Interesse Colectivo, da Saúde, da Educação, entre outras? Quem as asteia?
Astear uma bandeira de pano nada resolve. Distrai. Hipnotiza. Preenche e entretém a vista, ilude a acção.
Bandeiras de pano leva-as o vento.»
«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE
terça-feira, junho 06, 2006
131. Bandeiras leva-as o vento 2
"A «alma lusa» não deve ser expressa apenas pela colocação de bandeiras para apoiar a equipa portuguesa."
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário