«Leduc foi um homem e um homem é um drama», disse ele, «foi feliz quinze anos (...), outros são felizes quinze dias, outros não chegam a saber o que é a felicidade, palavra que de resto, se quer a minha opinião pessoal, Austin, ninguém sabe explicar o que é. Digamos que a vida tem os seus bocados bons.»
(Dinis Machado, O que diz Molero, Bertrand Editora, 2003, 19ª edição, p. 21)
Essa coisa chamada felicidade está, precisamente, em saber-se dar conta, em saber-se aproveitar e colher (carpe diem) esses «bocados bons». Não há segredo nenhum, não há nenhuma transcendência, não há qualquer drama. A felicidade é algo muito terreno, traduzida em pequenas coisas. É preciso estar alerta e atento para não deixar fugir os «bocados bons», tendo consciência deles, saboreando-os e sugando-os até ao tutano, ao âmago, porque o tempo passa rápido demais. E cada vez mais rápido à medida que envelhecemos. A felicidade não se conjuga nem no passado nem no futuro, apenas no presente.
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Felicidade 1
Totalement vrai de vrai
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