Há que perceber realmente o que foi a Revolta da Madeira de 1931, sem mistificações ou romantismos que ajeitem os factos à medida de qualquer regime.
«[A] "lei do vazio" levou a que o mesmo [Coito] Pita, indignado desta vez com as declarações do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, sobre o estado das contas madeirenses, bradasse agora aos céus insulares: "Ainda podemos chegar a uma nova revolta do século XXI." Referia-se à chamada "revolta da farinha", ocorrida há 75 anos. Mas se o destemido Coito tivesse memória saberia que tal revolta, embora a pretexto de uma medida impopular da ditadura (a proibição de importação de farinha, aumentando o preço do pão), deveu-se sobretudo a factores económicos e a um reavivar do sentimento autonómico face à ditadura. A liderar, estiveram anarco-sindicalistas e comunistas, nomes que hoje a gerência autonómica execra.»
Ver texto "O vazio insular" de Nuno Pacheco publicado no Público e citado no Farpas da Madeira.
Vide ainda o que escreveu o Olho de Fogo sobre o assunto em e a partir de Madeirenses revoltosos, onde?, nomeadamente o post de Abril último: Revoltas de 1931.
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