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Gonçalo Ribeiro Telles, em entrevista à Revista do Diário, conduzida por Luís Rocha, não tem dúvidas em dizer que "se está, de facto, a criar uma situação trágica para a Madeira", nomeadamente face à ocupação da costa marítima.
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Como disse ainda à Revista DN, «a construção à beira-mar, na sua perspectiva, apesar de ser realizada com objectivos turísticos, "condena o próprio turismo, e condena o próprio litoral".» Não tem dúvidas que a construção massiva "transformará a Madeira num espaço completamente comercial, inculto, onde aquilo que ela tinha de cultura, de história, de paisagem, desaparecerá".
Assim, a "paisagem que deveria ser de harmonia entre o construído e o natural, e que passa a ser um monte de betão, [...] é trágico".
Como disse Luigi Valle na edição de ontem (18.06.2007) do Diário, a degradação "existe pela dificuldade que temos tido em conciliar as necessidades de construção para servir a população e a defesa da autenticidade do produto turístico Madeira".
A paisagem é um dos factores diferenciadores basilares do destino Madeira. A sua autenticidade e exuberância não podem ser aniquiladas em zonas fulcrais ou sensíveis do território. Incluindo o litoral, que também é natureza e paisagem.
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