O jornalismo deve evitar replicar ou fazer eco da verdade que cada poder ou grupo de interesse procura vender como realidade à sociedade, incluindo o eco feito por omissão ou demissão.
O jornalismo não deve reduzir-se a um amplificador da versão da realidade que convém, a determinados sectores, que seja transmitida.
Tem de facultar os instrumentos (factos) mínimos para que o cidadão possa ajuízar, de forma tão fidedigna quanto possível, e possa tomar opções sobre os assuntos que o afectam e dizem respeito, numa palavra, para que não seja manipulado.
Este é um preceito básico da democracia. Sem uma imprensa independente e interventiva a democracia é mais pobre e imperfeita. As sociedades são menos livres.
«Nem todo o jornalismo é de causas, a não ser a causa do próprio jornalismo. Há jornalismo de causas e jornalismo politicamente engajado. O primeiro acho legítimo, o segundo acho a negação do jornalismo. O jornalismo só deve ser fiel à verdade, ter consciência que sobre o mesmo assunto há várias versões e ouvi-las.»
Miguel Sousa Tavares
Público (Ípsilon) 22 Junho 2007
Tentação de controlo da informação
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Já foi assim, já.
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