Tem razão quem vê a Calheta, segundo notícia no Diário (1.07.2007), como uma imitação de outros lugares. Neste caso como uma imitação da Copacabana (se esquecermos as barreiras de antifers no meio do mar). É uma crítica contundente aquela materializada pelo referido matutino.
E porquê? Porque abrimos mão da beleza natural a autêntica, por razões bem conhecidas, em troca da artificialização (chama-se praia artificial de areia amarela), apesar de ser muito popular cá dentro. No outro dia, alguém dizia que seria quanto muito a Copacabana dos pés-descalços.
Mas, as artificializações são olhadas com pena por parte do tal turista de qualidade, que vem à procura da Madeira exótica e autêntica. Perguntem-lhes se gostam de chegar à Madeira e saber que somos uma Copacabana ou umas Canárias.
Fará sentido querer ser aquilo que não somos, que não interessa ser e, muito menos, aquilo que jamais seremos? Será, porventura, uma mais-valia ou um contributo para a diferenciação e maior competitividade do produto turístico que temos para oferecer aos estrangeiros?
Copacabana picture copyright
Calheta picture copyright
Recorde-se:
Natureza não é só serra e laurissilva
Musa inspiradora do Lost Jewel of the Atlantic (bilingual text)
Se restavam dúvidas sobre a pertinência do filme Lost Jewel...
http://pensamadeira.blogspot.com
ResponderEliminarAinda um dia destes o Presidente da CM da Ponta do Sol (RTP/Madeira) equacionava a possíbilidade de criar uma praia de areia. Não sei se na Madalena do Mar ou na Vila da Ponta do Sol.