Venha lá então um pouco de concorrência, para melhorar os preços que pratica a TAP para a Madeira.
Depois de o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações ter decidido pela liberalização das ligações aéreas para a Madeira, em Fevereiro último, e o secretário de Estado do Turismo, Bernado Trindade, ter anunciado, ao Diário (30.07.2007), a possível entrada da easyJet nas ligações entre Madeira e Lisboa, com a qual os «contactos estão muito adiantados», eis que foi anunciado mais um passo importante: «serviços aéreos regulares do continente para a Região já estão liberalizados», segundo o Diário de hoje. Após publicação da decisão da Comissão Europeia.
Significa que qualquer companhia pode entrar nas ligações entre o Continente e a Região Autónoma da Madeira. Incluindo as de baixo custo como a referida easyJet. Oxalá as expectativas na liberação se concretizem.
Só não se percebe por que razão tudo isto não aconteceu mais cedo... Foi preciso um governo socialista da República, "colonialista", sedento de "asfixiar" a Madeira, para que este problema do transporte aéreo começasse a ser resolvido. Se o objectivo fosse isolar e asfixiar, tornar mais fáceis as ligações aéreas com a Região seria a última coisa a fazer...
Isto independentemente das razões de queixa da Madeira em matérias como a Lei de Finanças das Regiões Autónomas ou o novo Terminal 2. Sabemos que as autonomias e Alberto João Jardim têm inimigos de estimação, mas em qualquer partido, incluindo o PSD nacional.
O que importa é que a partir de Outubro estão criadas as condições para que haja vôos low cost entre aeroportos do continente e os dois do arquipélago da Madeira. O anúncio foi feito, recorde-se, pelo secretário de Estado das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, em 30.07.2007, no Porto Santo.
Como diz ainda o Diário de hoje, os «residentes na Região e os estudantes terão direito a um subsídio directo de 60 euros por viagem (ida e volta), após a sua realização, que será pago nas estações dos CTT.»
Agora, não se sabe se as elevadas taxas do Aeroporto da Madeira, podem comprometer a possível redução no preço das ligações entre a Região e o Continente, já que as taxas aeroportuárias que a Região pratica oneram o custo final do transporte aéreo. Quanto à «redução das taxas aeroportuárias, que na Madeira são superiores às dos restantes aeroportos nacionais», nada se sabe em concreto que passos serão dados.
O transporte aéreo é um desses elementos que aprisionam os madeirenses na sua ilha. Perspectiva-se a possibilidade de termos viagens mais baratas para Lisboa. Mais do que inscrever o princípio da continuidade territorial nas leis, é preciso aplicá-lo.
No texto Prisioneiros (explorados) dos Elementos deu-se conta das vicissitudes da insularidade, para algumas das quais não tem existido vontade política e financeira de minimizar.
Revolucionar preços e mentalidades
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