«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

quinta-feira, agosto 02, 2007

Revolucionar preços e mentalidades

Já aqui defendemos que um residente deveria poder ir a Lisboa por 50 euros. Se a easyJet e/ou outras lowcost entrarem na linha da Madeira poderá ser possível. O contacto regular com o exterior seria ainda um estímulo à revolução de mentalidades e à abertura cultural dos madeirenses, necessárias até para dinamizar a nossa economia.

Depois de o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações ter decidido pela liberalização das ligações aéreas para a Madeira, em Fevereiro último, o secretário de Estado do Turismo, Bernado Trindade, anunciou, ao Diário (30.07.2007), algo importante: a possível entrada da easyJet nas ligações entre Madeira e Lisboa, com a qual os «contactos estão muito adiantados». Aquela companhia é uma «market maker», que pode revolucionar os preços na linha Madeira-Lisboa.

Entretanto, a partir de Outubro estão criadas as condições para que haja vôos low cost entre aeroportos do continente e os dois do arquipélago da Madeira. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, em cerimónia que veiculou ontem (30.07.2007) vôos SATA entre Funchal, Porto Santo e Porto. «Em consequência deste processo há já vários operadores interessados e logo que esta liberalização possa ser anunciada será também anunciada a entrada de novos operadores neste mercado, nomeadamente a partir de Março de 2008», revelou o secretário de Estado.

Se é possível voar (ida e volta) para a Inglaterra, na easyJet, por menos de 100 euros também será possível para Lisboa, que é metade da distância. Neste momento, na easyJet, ficará mais barato a um madeirense ir a Lisboa por Londres do que voar na TAP directamente para a capital portuguesa, o que é incrível.

Agora, não se sabe se as elevadas taxas do Aeroporto da Madeira, podem comprometer a possível redução no preço das ligações entre a Região e o Continente, já que as taxas aeroportuárias que a Região pratica oneram o custo final do transporte aéreo. Quanto à «redução das taxas aeroportuárias, que na Madeira são superiores às dos restantes aeroportos nacionais», nada se sabe em concreto que passos serão dados.

O transporte aéreo é um desses elementos que aprisionam os madeirenses na sua ilha. Perspectiva-se a possibilidade de termos viagens mais baratas para Lisboa. Mais do que inscrever o princípio da continuidade territorial nas leis, é preciso aplicá-lo.

No texto Prisioneiros (explorados) dos Elementos deu-se conta das vicissitudes da insularidade, para algumas das quais não tem existido vontade política e financeira de minimizar.

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1 comentário:

  1. Suponho que é possível baixar o valor das taxas aeroportuaários no entanto isso não passará de engenharia financeira que conduzirá a que tenhamos de enfrentar o problema mais para a frente. A longo prazo a Madeira está falida mas como a longo prazo estaremos mortos ninguém se preocupa com as engenharias financeiras dos nossos dirigentes!

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