Uma boa aparelhagem é aquela que estimula a paixão pela música. Aumenta o prazer em ouvir música. Quando obstaculiza a fruição da música, é tempo de parar, simplesmente, ou de parar e repensar o caminho.
A audiofilia high end é um campo árido, clínico, de exercício abstracto, que ajuda, inclusive, a alimentar uma indústria e a busca incessante da perfeição. Mas, no final do dia, cada um tem de saber o que quer. Melhor e mais caro não quer dizer absolutamente nada nestas coisas, um campo de uma subjectividade muito forte.
O som de uma aparelhagem depende muito da sinergia entre as fontes, a amplificação e as colunas. Os cabos de ligação e interligação ajudam a limar e a esculpir o som, neste ou naquele sentido. Mais suave ou mais vivo, mais ou menos rápido, com mais ou menos corpo, entre outros aspectos.
Primeiro escolher as colunas (a voz da aparelhagem). Depois experimentar diferentes amplificadores (integrados ou pré-amplificador e amplificador separados, para maior versatilidade de combinações). A amplificação é o coração da aparelhagem e molda muito o som. Convém ter bom controlo sobre as colunas. Finalmente, escolher as fontes, com as colunas e a amplificação já seleccionadas. Utilizando sempre, nessas audições, a música que estamos habituados a ouvir.
Depois vêm os cabos, mas convém deixar para uns meses ou anos mais tarde, quando estiver familiarizado e conhecer bem o som da aparelhagem, para poder perceber as diferenças. Depois há ainda a possibilidade de melhorar os cabos de alimentação (de energia) dos aparelhos, em especial do amplificador de potência.
Para amantes de rock pesado, o high end é desaconselhado. Ficar pelo patamar logo abaixo. Até sai mais barato. Cuidado com as aparelhagens high end pensadas ou destinadas a um público para ouvir apenas música clássica ou jazz.
A recordar:
Audio e o Santo Graal / Audio and The Holy Grail
Melomania e audiofilia, uma relação de equilíbrio
Baixa-fidelidade
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