Atente-se às duas imagens. O mesmo James Hetfield, vocalista dos Metallica. Note-se as incoerências ou contradições.
Será que a banda andou a fingir este tempo todo? O que aconteceu à proximidade com o estilo de vida dos fãs, com a cultura underground do rock pesado?
A banda tem enormes méritos, tendo levado o rock mais extremo a mais pessoas e aberto o caminho para outras bandas do estilo. O Black Album foi um marco em 1991, o meu preferido, juntamente com St. Anger, de há cinco anos.
Kill 'Em All, Ride the Lightning, Master of Puppets e ...And Justice For All têm falta de graves, que é um pecado mortal em discos rock, em que a bateria e o baixo, base de tudo, perdem intensidade e impacto.
Os Metallica aburguesaram-se e adoptaram o estilo rock star, com todas as suas comodidades. Já não conseguem viver com pouco e de forma simples. Não havia necessidade.
Como é óbvio, a vida fácil acaba por reflectir-se, inevitavelmente, na música. Será difícil de recuperar a intensidade e a raiva de outros discos, como do anterior St. Anger (2003), que é um álbum forte, com elementos metalcore, coeso e intenso, muito em resultado das dificuldades que a banda atravessava na época, em que estiveram à beira do fim. Não percebo a razão de tanta gente considerar St. Anger fraco. Reagiram aos problemas e foram mais criativos.
Daí que as perspectivas face ao novo Death Magnetic não sejam as melhores. Pode já ouvi-lo neste canal do You Tube e retirar as ilações. Só retirarei as minhas, definitivamente, quando ouvir em disco na aparelhagem.
Ainda:
Death Magnetic pre-review (pré-análise)
Novo de Metallica a $9.99 e a £8.98
They are coming to smack you in the head
Novo de Metallica a caminho
Olá Nélio,
ResponderEliminarNão percebo qual o motivo da surpresa se esta é uma conclusão do universo do rock já com décadas de existência. Talves umn caso muito mais parigmático e antigo seja o dos rolling stones, que hoje em dia são tudo aquilo que é a sua razão de existência, colocar um todo um universo de coisas em causa. Quem vê o documentário filmado na década de 60 de Jean Luc Godard, Sympathy for the devil e observa hoje 5 minutos de concerto dos Stones nem acredita estar a falar-se dos mesmos gajos. E depois também não é inteiramente verdade que os Mettallica de 2003 fossem já muito diferentes dos Mettallica de 2008. Já nessa altura os Mettallica envolveram-se em controvérsias devido ao napster que vieram a suscitar muitas desilusões dos fãs. Curiosamente na altura pareceu-me que os Mettallica tinham razão na discussão. Os Mettallica são uma banda planetária consagrada há mais de uma década. Pessoalmente não gosto do género, apesar de nesse ponto concordar com o Nélio, de que a banda tem uma obra relevante. Em relação a essa coerência do against the modern world, que não subscrevo inteiramente, há, no entanto, centenas de exemplos de bandas com décadas e que nunca pretenderam os holofotes da ribalta, exemplos criativamente, politicamente e esteticamente muito mais coerentes que os Mettalica.
abraço
Só se desilude quem se ilude!
ResponderEliminarkkkkkkkkk veio, falo nada pra seus comentarios sobre os 4 primeiros albun's do metallica, ou vc nunca os ouviu, ou nao sabe o qual a funçao do baixo e batera na musica,so pra lhe informar, os 3 primeiros albuns do metallica tem a conzinha mais frita q o rock ja viu! cliff e lars destruindo nos groovies, vai se informar cara melhor vai escuta eles primeiros antes de sair falano merda por ai!
ResponderEliminarCaro anónimo. Eu sou fã da banda. Isso não me impede de ser crítico e ouvir a clara de falta de graves (falta de intensidade e impacto da bateria e baixo, que deveriam estar mais proeminentes), nos primeiros álbuns, em que sobretudo o som das guitarras e da vocalização surge em destaque. É pena. Prefiro ouvir esses temas dos primeiros discos nas versões ao vivo :)
ResponderEliminar