Criticar a promenade-estrada-muralha do Jardim do Mar não é bom cartão de visita para quem procura sustento.photo copyright
Um jovem estrangeiro veio à Madeira. Com boa formação superior, tentou ficar cá a trabalhar. Uma instituição de ensino mostrou todo o interesse em ter ao seu serviço este quadro altamente qualificado.
Mas havia um senão. O jovem crítico e
Como o jovem mostrou sentido crítico relativamente à aberração chamada promenade-estrada-muralha do Jardim do Mar, foi-lhe dito que tomar isso tipo de posições inviabilizaria ou condicionaria a sua vida profissional.
Logo surgiram, pois, os estímulos, ainda por cima explícitos e verbalizados, à disciplina democrática... ao conformismo intelectual e cívico, à dispensa da massa crítica. Se for para pôr em causa determinadas opções governativas, esté claro.
Este episódio, bem como outros que demos conta em posts recentes, é ilustrativo do condicionamento cidadão e cívico na Madeira, de apelo (indução) permanente ao conformismo e ao silenciamento.
Sabemos que nas escolas tudo é permitido desde que saiam de lá apenas paus-mandados. Daí a condescendência e postura desculpabilizante (muito de esquerda) perante a indisciplina fanfarrona estudantil, a ausência de trabalho, empenho e a má atitude perante o trabalho intelectual de significativa parte dos estudantes madeirenses.
Como poderemos estar confiantes quanto ao futuro desta ilha com tamanha ausência de massa crítica? A sua ausência pode servir a lógica de manutenção do poder, mas mata o empreendedorismo (podem fazer muitos cursos de empreendedorismo que isso não leva a lado nenhumão - não surge com cursos ad hoc) e desbarata o capital de transformação que pudesse existir nas pessoas. E sem isso até a economia sofre.
Recorde-se:
Disciplina democrática selectiva 2
Disciplina democrática selectiva
Vai uma revoluçãozinha?
Anestesia geral
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