Santana Castilho, crítico da governação socialista na Educação, alerta para outras promessas incertas ou dúbias do PSD para o sector.
Num post anterior alertámos que o PSD promete «abolir a divisão, nos termos actuais, na carreira docente.» Esta é uma pretensão importante dos professores, porque não faz sentido criar divisões quando o conteúdo funcional da profissão é o mesmo para todos. Contudo, o PSD de Manuela Ferreira Leite pode simplesmente optar pelo que fez a Madeira: não existe divisão explícita na carreira (com a nomenclatura de professor e de professor titular), mas na prática existe uma divisão na carreira entre os docentes no 6º escalão e acima deste (acesso através de prova pública) e os professores que estão abaixo do 6º escalão.
Santana Castilho, em artigo de opinião de 2.9.2009, no Público, alerta para outros aspectos dúbios e incertos quanto ao rumo das medidas e políticas do PSD para a Educação.
«"Reveremos o Estatuto da Carreira Docente, nomeadamente no respeitante ao regime de progressão na carreira, corrigindo as injustiças do modelo vigente e abolindo a divisão, nos termos actuais, na carreira docente." Nos termos actuais? Admite o PSD manter a divisão noutros termos?»
«Promete suspender o actual modelo de avaliação do desempenho. Mas remete para estudos internacionais já existentes o suporte da acção futura. Ora existem estudos internacionais para vários gostos. E alguns recomendam processos que os professores contestam e são animados de uma ideologia que a maioria rejeita. Esta intenção é, portanto, desconfortavelmente dúbia.»
Santana Castilho chama ainda a atenção para a importância dos protagonistas que concretizam as estratégias políticas dos governos. Nos últimos anos, Maria de Lurdes Rodrigues e Valter Lemos foram intérpretes que criaram mais conflitualidade e dificuldades do que fizeram avançar a Educação (não me refiro aos resultados ilusórios para a estatítica que visa mascarar da realidade e criar ficção). Penalizaram muito o governo socialista e vão penalizar o PS nos dois próximos actos eleitorais, além da dura penalização sofrida nas Eleições Europeias, em que o voto dos professores fez significativa diferença. Não havia necessidade...
Agora, de um lado está o PS a insistir nas medidas que tem tomado na Educação e, do outro lado, todos os partidos da oposição, que, genericamente, acolhem muitas das reivindicações dos professores. No entanto, a esquerda revela aquele problema de lidar com a autoridade, que é necessária na escola para serem garantidas condições de ensino-aprendizagem. O PSD e o CDS-PP mostram-se mais sensíveis a este problema da indiscplina nas escolas e não têm os complexos ideológicos de uma certa esquerda no que toca ao assunto da autoridade.
Recorde-se:
Cuidado 1
E agora, algo completamente igual (coisa menos coisa)
Partidos responderam sobre questões fundamentais colocadas pela Fenprof
Photo taken with a Nokia cellphone 3.2 megapixel camera : no editing : no flash : © neliodesousa : July 2009
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