Mais uma vez a extracção de areia, no Jardim do Mar, hoje de manhã, precisamente na zona onde têm sido depositados recifes artificiais, para ajudar a repor os fundos e a fauna marítimos arrasados, adivinhe-se, pela própria extracção de areia...
A extracção de mais inertes destinar-se-á, porventura, à construção mais recifes de cimento e antifers (cubos de betão na imagem), para minimizar os múltiplos danos causados pela mesma extracção de inertes?
A erosão da costa terá ainda a "vantagem" de vir depois justificar a construção de promenades, muralhas e outros fins profícuos em cimento, para protecção das populações das investidas do mar entretanto desprovido dos fundos de areia e da protecção natural...
Uma notícia de Julho passado tornou mais claro como é encarada a problemática da extracção de inertes na Madeira.
Pelos vistos o Jardim do Mar está a precisar de um "desassoreamento imprescindível e urgente", sem "entraves" burocráticos. A costa do Jardim do Mar foi intensamente "desassoreada", dia e noite, durante décadas, mas os areeiros estão a voltar, devagarinho, para a malta ir-se habituando.
Será que a massiva "promenade" ao longo da costa do Jardim do Mar foi construída para permitir o retorno dos areeiros?
A todos os que defenderam, canina e anti-democraticamente, que a frente mar do Jardim do Mar fosse enterrada pela gigantesca construção, tomem lá agora com os areeiros de novo que é para aprenderem.
Como escreveu Óscar Branco (Diário 6.8.2007) - a propósito do perdão, pelo GR, da dívida dos clubes de futebol madeirenses à Segurança Social - o «povo madeirense há muito que escolheu a profissão de faquir»: «de dia reclama, mas à noite dorme descansado numa cama de pregos.»
Bons sonhos, então, no sono inerte, porque há gente a pensar e a decidir tudo na defesa intransigente do interesse de todos. Não vale a pena inquietar a consciência.
Óptimo negócio este! Ser pago para destruir e posteriormente ser pago para construir...
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