«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

sexta-feira, setembro 12, 2008

"Death Magnetic" já troveja

Can you hear Trujillo's bass guitar lads?copyright

Estive hoje a ouvir Death Magnetic, no dia do seu lançamento mundial, primeiro no Mission Metallica, e depois num disco com os temas caçados na Internet, uma delicadeza do amigo X (não posso revelar o nome para não ir parar à cadeia).

É um bom álbum, tem muitos momentos intensos de que gosto, mas não me enche as medidas como o Black Album (1991) ou o St. Anger (2003). Muito menos como o Conquer de Soulfly ou um Infiltrate the System de Madball.

Até do ponto vista sonoro. Gosto muito mais de Soulfly ou Madball, com as guitarras mais recuadas e com a bateria e baixo mais audíveis.

Death Magnetic tem as guitarras e agudos mais presentes ou frontais, dá a sensação do som estar muito alto (será para induzir a percepção de mais qualidade ao formato MP3?), que é mais cansativo para o ouvinte. Nem ouço o baixo ou o metralhar dos bombos quanto gostaria.

Death Magnetic deveria ter a produção do recente A Sense Of Purpose dos In Flames, com uns graves espectaculares, cheios e expansivos, graças a uma secção rítmica mais proeminente. Dá outro calor. O disco foi produzido pela banda, Roberto Laghi & Daniel Bergstrand.

Em vez de Metallica, vou comprar logo In Flames (ouvir e ver aqui [myspace], aqui e aqui [youtube]). Tenho pena que a banda sueca não tenha datas previstas para Portugal...

Não posso exigir que Metallica responda aos meus padrões e preferências actuais quanto ao rock pesado. Fiz um percurso que não é coincidente com o de Metallica. Eles, como é óbvio, têm de continuar a escrever a música que querem e não procurar agradar às muitas e variadas expectativas/gostos dos fãs.

Dou-lhes o benefício da dúvida pela obra, pelo que fizeram de positivo pelo género musical e pela ligação afectiva que me prende à banda.

Tive o privilégio de estar no primeiro concerto de Metallica, em Portugal, em 16 de Junho de 1993, altura em que James Hetfield me autografou as capas dos primeiros cinco álbuns da banda, quando estive presente numa entrevista com o Correio da Manhã.

O facto de já terem vendido mais de 100 milhões de discos (em 20 anos de existência) e terem levado o rock pesado às massas (massas ponto e vírgula: é sempre um género para uma minoria, mesmo que alargada) não me afasta totalmente da banda.

Hei-de comprar o álbum, nem que seja quando estiver a mid-price, apesar das coisas que não gosto nele, como os muito solos de guitarra à heavy metal tradicional.

Death Magnetic é um disco síntese de tudo o que os Metallica gravaram. Rick Rubin, o produtor, quis fixar-se na essência dos Metallica e, para ele, está à volta do Master of Puppets. Contudo, está presente também a era Black Album e Load. Estão lá elementos dos álbuns todos, desde a década de oitenta. Por isso é um disco diverso.

Na RTP1, no intervalo do telejornal das 13h, passou uma publicidade a anunciar a chegada ao mercado de Death Magnetic. Ilustra o poder comercial da banda americana e a aposta na venda deste disco.

Memory:
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