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O pior de tudo será se os sindicatos aceitarem, na negociação em curso com o Ministério da Educação, estrangulamentos (penalizações salariais) nos primeiros escalões (primeira metade da carreira) em troca de vantagens ou ganhos nos escalões mais elevados e de topo.
Quem está na metade superior da carreira ganha melhor (melhor do que alguma vez a maioria dos professores mais novos ganharão) e constitucionalmente o governo não pode baixar esses salários mais elevados.
Os professores na primeira metade da carreira, onde se ganha pior, não podem ser duplamente penalizados, porque o governo vai cortar a dobrar no início da carreira para compensar o que não pode cortar na segunda metada e topo da carreira.
Foi um erro nunca se ter conseguido a distribuição, de forma equitativa, do volume salarial dos professores. Privilegiou-se sempre quem estava mais adiante na carreira.
Essa valorização mais substantiva no salário dos professores nos últimos escalões serviu para sustentar os argumentos de quem quis vender a ideia que os professores ganhavam todos muito bem. As estatíticas feitas com base no ordenado de topo colocam os professores como bem pagos, na média dos páises da OCDE.
É claro que tal número encontrado pela OCDE não corresponde ao nível salarial dos docentes no seu todo, provando-se que se penaliza o volume salarial nos primeiros escalões.
Esta realidade serviu para, nos últimos anos, dar argumentos a quem quer baratear o trabalho docente.
Recorde-se:
Se o Governo diz mata o FMI diz esfola
Baratear ainda mais o trabalho dos professores II
Baratear ainda mais o trabalho dos professores I
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