E assim vamos nós. Desinveste-se na Educação, como explicou recentemente António Nóvoa, mas investe-se tempo e recursos para o exercício da burocracia, entretém de muita gente.Isso já não é desperdício? Diminuem-se o número de professores, corta-se no salário e na carreira, para haver mais dinheiro para a "masturbação" burocrática?
É a Educação mesmo a prioridade nacional? Parece ser apenas coisa de discurso político, porque nem Governo nem sociedade assumem essa prioridade com o investimento necessário, seja financeiro ou afectivo.
A verdadeira prioridade parece ser a burocracia. Aí não consideram haver desperdício e falta de mérito. Imagine-se o número de funcionários e dirigentes da Administração Pública necessários para descodificar e multiplicar o tipo de despachos que o artigo de António Barreto exemplifica (Público, início de Outubro 2007).
Contabilizem-se os recursos humanos e financeiros que vão estar ao serviço do burocrático sistema de avaliação, que este Governo criou para os professores, para ter a certeza que não subiam na carreira mais do que um punhado deles.
Corte-se e desinvista-se nos burocratas e na burocracia, não se desinvista nos professores e nas condições de aprendizagem nas escolas.
Senhor Primeiro Ministro, não há Simplex que valha ao Ministério da Educação?
E depois toca a descarregar tudo em cima dos professores, culpados de tudo. Toca a mandar polícia às sedes dos sindicatos de professores. Não poderia ser de outra maneira. São os docentes que estão no terreno a dar a cara...
Recorde-se:
Menos professores, mais inspectores
Não, sr. secretário de Estado
Valter Lemos e o historial de atropelos legais
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