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«Portugueses no Luxemburgo são os campeões do abandono escolar» foi título no Público de 04.01.2010.
Diz a notícia que, «de acordo com o documento [do Ministério da Educação do Luxemburgo], os alunos portugueses, que representam 19,1 por cento da população estudantil, são os que apresentam a maior taxa de abandono escolar entre os estrangeiros: 23,5 por cento do total de estudantes que abandonam a escola.
Entre os estudantes portugueses que deixaram a escola, 53 arranjaram trabalho, 19 beneficiaram de uma medida de inserção profissional, enquanto 106 não tinham qualquer ocupação.
Os alunos portugueses representam o maior grupo entre os estrangeiros que estudam no Luxemburgo. No ano lectivo de 2008/2009 estavam inscritos nas escolas públicas luxemburguesas 24.093 alunos luxemburgueses, 7046 portugueses, 1549 ex-jugoslavos, 963 italianos, 811 franceses, 456 belgas, 436 alemães e 319 cabo-verdianos. No Luxemburgo residem oficialmente 76.600 portugueses.»
Mais uma notícia a dar conta de uma dura realidade que temos vindo a esmiúçar aqui neste blogue:
«Os alunos portugueses na Suiça obtêm os resultados escolares mais baixos entre as comunidades estrangeiras».
«A comunidade portuguesa no Canadá é uma das comunidades étnicas com maiores taxas de abandono e subescolarização.»
«Entre as minorias étnicas, as crianças de origem portuguesa são aquelas que têm os piores resultados escolares», na Inglaterra (área de Londres).
Tudo nestes links:
- Insucesso escolar vem de longe 3 (estudantes madeirenses na Madeira)
- Insucesso escolar vem de longe 2 (estudantes filhos de emigrantes portugueses na Suiça)
- Insucesso escolar vem de longe 1 (estudantes filhos de emigrantes portugueses no Canadá e Inglaterra)
Note-se a saudável mudança do meu discurso entre os posts Insucesso escolar vem de longe 1 e o 2. Não há como o poder pedagógico da realidade.
Quem não tem experiência directa em escolas ou turmas com alunos indisciplinados e com uma acentuada atitude negativa perante o trabalho escolar (intelectual) nunca dará o real valor das dificuldades que os docentes passam todos os dias, no terreno, nem ao trabalho docente.
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