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sexta-feira, julho 11, 2008

Marina com solução favorável ao erário público?

O negócio entre o grupo hoteleiro Pestana e a vice-Presidência do Governo Regional, através da Sociedade de Desenvolvimento da Ponta Oeste, foi noticiada ontem pelo Diário como solução para a Marina do Lugar de Baixo. Ainda bem que se prevê uma solução que viabilize este investimento ou minimize as perdas. Já era sem tempo.

Esperamos que, ao contrário de algumas vozes cínicas, os termos do negócio sejam de facto aqueles veículados pela notícia. Há quem pense que a realidade dos números será outra. Os números publicados serviriam a ideia de que, afinal, o problema financeiro e político está resolvido, sem custos para o erário público.

«O modelo de negócio acordado entre o Grupo Pestana e a vice-presidência do Governo Regional passa pela constituição de uma empresa que será detida maioritariamente por aquele grupo hoteleiro (74%), ficando a Sociedade Ponta Oeste com os remanescentes 26%. Posteriormente, esta sociedade vai adquirir os terrenos onde o projecto será implantado, garantindo a Ponta Oeste no imediato cerca de 20 milhões de euros, 60% do investimento total já feito na Marina do Lugar de Baixo (34 milhões de euros).»


O grupo Pestana estará disposto a custear os 6,9 milhões para a «nova e indispensável barreira de protecção da marina»?

O mega-projecto, na imagem, foi noticiado pelo Diário em 5 de Março de 2006, a propósito do projecto da empresa holandesa Delft, que prometia reduzir em «75% os efeitos devastadores» das ondas sobre os 400 metros do molhe principal. Mesmo assim, ficam sem rédea 25% da energia das ondas, que embatem no molhe da Marina...

Há quem defenda uma solução mais adequada para a protecção da marina: Recife artificial é solução para a Marina do Lugar de Baixo, com várias vantagens (por Pedro Bicudo) e Vontade política e costa madeirense.

Para esse efeito, tiveram lugar reuniões, na Madeira, entre responsáveis da Sociedade de Devenvolvimento da Ponta Oeste e defensores desta solução do recife artificial, incluindo o perito internacional Kerry Black, considerado o fundador de recifes artificiais ao largo da costa, para protecção costeira ou com fins recreativos. Desconhece-se o conteúdo e resultados desses encontros.

A recordar:
Artificializar até a Madeira ser o que não é
Guerra dos outdoors
Recifes artificiais e protecção da costa
Kerry Black, perito em questões costeiras, esteve na Madeira
Cascais cria recife artificial para surf e protecção da costa
Recifes artificiais e Marina do Lugar de Baixo
Marina não é mamarracho
Euromilhões na Marina do Lugar de Baixo
Obras da Madeira Velha mais duráveis do que as da Madeira Nova
Ondas Velhas testam Obras Novas

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