Diário destaca o adjectivo "insustentável" usado pelo ministro das Finanças quando se referia à situação das contas da Madeira
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O Primeiro-Ministro e o presidente do Governo Regional declaram saber da derrapagem dos 500 milhões, mas nada disseram quando foi revelada a primeira fatia de 277 milhões em meados de Agosto.
Quanto a Passos Coelho, perdeu toda a autoridade política e moral para exigir transparência e ordem nas contas a outros. Será que conhece ou conhecerá outros buracos e nada diz ou dirá? Se não fosse a troika, alguma vez se saberia da derrapagem no presente ou no futuro próximo? Ocultar é faltar à verdade. Não era de ocultação que criticava José Sócrates?
O Bloco de Esquerda nacional acusou hoje Passos Coelho de esconder a informação em "claro favor partidário". Parece que dificilmente se conhecerão outras más notícias antes de 9 de Outubro, data em que os madeirenses vão às urnas.
Vítor Gaspar, ministro das Finanças, considerou a situação na Madeira "de crise" e "insustentável" e garantiu que é "importante que se actue já". Informou ter "defendido a desejabilidade de que as Regiões Autónomas por sua própria iniciativa se disponibilizem para um programa de ajustamento financeiro (…) com a República portuguesa e os parceiros internacionais, semelhante ao que existe para a própria República".
O presidente do Governo Regional disse hoje que a situação da Madeira é um "espelho" do que se passa no País, mas, e já na qualidade de presidente do PSD-M, "com mais razão" por cá porque o Partido Socialista "roubou" o povo madeirense, assumindo que arquipélago se endividou num atitude de resistência.
Na SIC Notícias, no jornal das 22h00 de hoje, alguém alegava que a situação da Madeira não era um espelho da situação nacional porque "é mais parecida com a Grécia" face à percentagem da dívida (a conhecida) ser, alegadamente, 150% do PIB regional. O comentador alegou ainda que o regime é "pouco transparente perante os madeirenses" e instituições nacionais como o Tribunal de Contas. Daí alguns já terem pedido uma auditoria externa às contas da Região.
Resumindo, a Madeira terá agora de sujeitar-se a um plano de resgate com o País e a troika, com grande impacto na vida dos madeirenses. Só agora a crise chegará a este espaço insular, no seguimento das medidas de austeridade que serão impostas, à semelhança do que já está a acontecer ao nivel nacional.
Mas, como disse ontem José Luís Arnaud, do PSD, na SIC Notícias, sobre o caso das contas da Madeira,
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