António Jorge Pinto, no Tribuna da Madeira de hoje (excertos):
«A questão nuclear prende-se com o facto de os valores reais serem continuamente ocultados da população, o que, em democracia, é uma posição criticável e condenável. Descobre-se, pela oposição, que cada madeirense deve cerca de 1000 contos, o que é uma marca alucinante para o que se apresenta de obra à vista de todos. Mas sabendo-se, de antemão, que existe mais de uma dívida pública, o que é preocupante e verdadeiramente novo nesta questão do “buraco”, é percebermos que, afinal, os rios de dinheiros enviados pela Europa para a Região, nos últimos 20 anos, não foram suficientes para alimentar lobbies, caprichos e disparates, tendo sido necessário alguns credores venderem os seus créditos à banca (parece que na sua maioria esmagadora pertencentes à construção civil), e mais outras engenharias financeiras que nos deixaram a todos lisos e ainda com uma dívida de mil contos, por cada uma das 240 mil almas madeirenses.»
«Depois do que se ouviu do secretário regional do Plano e Finanças, a assumir, publicamente, que os madeirenses são os portugueses com o pior poder de compra (argumento para tentar alterar a capitação prevista na Lei de Finanças Regionais), o secretário regional dos Recursos Humanos, Brazão de Castro, tem motivos de “justa causa” para chegar ao pé do Presidente Jardim e lhe entregar a carta de demissão. Ao cabo destes anos todos a dizer que os madeirense são dos que mais ganham no país, o mais veterano dos membros do GR com certeza que não esperaria que viesse de dentro da sua própria “casa” uma “prova dos nove” tão cruel. Afinal, sempre é verdade que temos um PIB rico mas somos uns pelintras tesos?! Mas quantas vezes aqui se escreveu isso?!»
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